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Chat Estelar

quinta-feira, 16 de julho de 2009

História de Dublagem

A dublagem de Pokemon no Brasil possui uma longa história. Até o presente, o anime passou por sete estúdios de dublagem, incluindo-se também os longa-metragens.

A dublagem é feita em cima da versão norte-americana. O episódio é feito originalmente em japonês, indo depois para os EUA, sendo lá editado e dublado para inglês. Finalmente, chegando no Brasil, é feita a tradução do inglês para o português.

Mastersound

Quando o anime pokemon chegou ao Brasil, encontrou um grande problema: primeiro foi recusado pela Rede Globo, e depois pelo SBT. A distribuidora, antes de oferecer para a Rede Record, resolveu pegar o anônimo desenho e mandá-lo para ser dublado no que é considerado um dos melhores (e mais caros) estúdios de dublagem do país: a Master Sound, em São Paulo. A empresa tem anos de experiência e é mais conhecida por seu trabalho em tudo que diz respeito à marca Street Fighter no Brasil.

A empresa chegou a adaptar os nomes de personagens e cidades (como é o caso do Pidgey virar "Pombo" e Vireidian City virar "Veridiana"), além de pequenos erros (algumas exclamações passavam desapercebidas e não eram traduzidas, como as do Ash no primeiro capítulo). O elenco de dublagem escalado pelo estúdio contava com dubladores novatos e experientes, mas os espectadores elogiaram as vozes dos personagens principais; prova disso é que o elenco destes ainda é o mesmo até hoje.

BKS

Como a Master Sound começou a cobrar muito caro pela dublagem, Pokémon acabou tendo que trocar de estúdio e foi parar na BKS. O estúdio ficou encarregado de dublar a segunda temporada da série, que conta o final da Liga Indico e o começo das Ilhas Laranja. Porém, a qualidade de som, na época, não era reconhecida como tão boa quanto a do estúdio anterior (mas aparentemente não foi problema para a Record ou a Warner Bros , que na época distribuía o anime).

O choque veio mais tarde quando soube-se que muitos dubladores do primeiro ano da série recusaram-se a dublar na BKS, por motivos pessoais e profissionais. As vozes do Professor Carvalho — e, por extensão, da Poke Agenda, pois são os mesmos — da mãe de Ash, do narrador, do Meowth(Equipe Rocket) e do Butch foram trocadas.

E assim, a BKS seguiu, fazendo "pequenas" mudanças, como a troca da pronúncia do nome de alguns Pokémon. Os nomes de quase todos os lugares também foram traduzidos, mas esta prática foi abandonada mais tarde.

Quando então a dublagem do segundo ano terminou, a Warner Bros decidiu trocar de estúdio, pois não estava contente com a relação preço/qualidade da BKS.

Curiosidade: no episódio Contos de clefairy, a dubladora da Policial Jenny estava sem voz. Então, para não atrasar a exibição da Record, uma dubladora desconhecida teve de assumir a personagem no episódio. A dubladora original se recuperou e voltou.

Parisi Video

Depois de tirar Pokémon da BKS, era preciso procurar um estúdio de dublagem bom e barato que correspondesse a todas as expectativas da distribuidora/emissora. Eventualmente, encontrou-se uma barata (por ser nova) e que fizesse tudo que eles quisessem: a Parisi Vídeo. A emissora pediu ao diretor de dublagem, o senhor José Parisi Junior, que traduzisse ao máximo expressões ao pé da letra (ou adaptá-las) e que nomes fossem mantidos como no original até na pronúncia.

Porém, erros sempre acontecem, a exemplo de "Gary Oak" (no lugar do consagrado sobrenome Carvalho) e pipoca doce (sobre bolinho de arroz). Viridian City e Magigarp voltaram aos seus originais. O nome Team Rocket foi usado em alguns episódios (em vez de Equipe Rocket) e o trabalho foi muito pouco apreciado, também por problemas similares aos da BKS. O estúdio trouxe, entretanto, de volta os dubladores originais do Professor Carvalho, Brock, Tracey, da mãe de Ash e do Meowth, além do narrador da primeira temporada. De resto, Gary e Ash.

Foi tudo mantido, tendo uma boa repercussão também por dois motivos. Primeiro, os atores foram dublar com um certo receio, pois antes a empresa só possuía um trabalho expressivo (os filmes de Dragonball Z da Paris) e ficou com fama de atrasar pagamentos por causa deles, o que levou a assinarem contrato com uma condição: atrasou, não dublam mais. Segundo, o diretor é dito ser super simpático com a imprensa, e ganhou a simpatia das revistas especializadas.

O estúdio foi responsável pela dublagem das temporadas Johto Journeys (terceira temporada) (e os 11 episódios que antecediam essa temporada e mostravam o encerramento da Liga Laranja), Johto League Champions (quarta temporada), Master Quest (quinta temporada) e Pokémon: Advanced (sexta temporada).

Delart

O estúdio Delart foi o responsável pela dublagem dos três primeiros filmes Pokémon (Mewtwo Contra-ataca (Pokémon: The First Movie, 1999), O Poder de Um (Pokémon: The Movie 2000) e O Feitiço dos Unowns (Pokémon 3, 2001)) e seus respectivos curta-metragens.

Por ser um estúdio carioca, e a dublagem da série Pokémon ser feita em estúdios paulistas, a Warner Bros teve que bancar nos três filmes a viagem dos dubladores dos personagens principais da série (Ash, Misty, Brock, Jessie e James). Todos os outros personagens que então apareceram nos filmes (como Prof° Carvalho, Meowth e Délia Ketchum) foram substituídos.

Álamo

Ao todo, o estúdio Álamo foi responsável pela dublagem de apenas dois filmes Pokémon: Pokemon 4: Viajantes do tempo e Heróis Pokemon, respectivamente os filmes 4 e 5 da série. Todo o elenco original de dublagem foi mantido no estúdio.

Centauro

A 6ª temporada já havia tido sua dublagem encerrada pelo Estúdio Parisi Vídeo. Porém, o mesmo se encontrava em crise, devendo o pagamento de muitos dubladores e quase falindo. Observando isso, a distribuidora (agora o Cartoon Network) de Pokémon resolveu encaminhar o anime para dublagem em um novo estúdio: Centauro, também paulista.

O estúdio começou a dublar a partir de Pokemon Advanced Challenge, a 7ª temporada do anime. Todos os dubladores principais foram mantidos e a tradução continuou a cargo de Fernando Janson. O resultado final agradou os fãs, e a temporada foi indicada em várias categorias do Oscar de Dublagem e ganhou diversos prêmios.

Satisfeita, a distribuidora mandou então a 8ª temporada, Pokemon Advanced Battle, para ser dublada novamente na Centauro. O estúdio, entretanto, passou por diversos problemas e a excelente qualidade da temporada anterior não estava presente na nova. Erros de pronúncias eram frequentes, além de traduções feitas ao pé da letra (a exemplo de "Cidade Sempre Grande" para Ever Grande City), golpes que recebiam a cada episódio um nome diferente ( Sky uppecut já foi chamado de "Soco do Céu", "Direto no Céu", e ainda "Gancho do Céu"), uma música de abertura considerada horripilante e muitos outros erros.

Irritados com a situação, os membros do site PokéPlus decidiram tomar uma atitude e cobraram explicações da Centauro. Propuseram também ajuda, aceita por parte do estúdio, da diretora ( Gilmara Sanches) e da tradutora (Elaine Pagamo).

Parceria feita, Site e estúdio começaram juntos a dublagem da 9ª temporada, Pokemon Batalha da Fronteira. Os membros da PokéPlus organizaram várias listas oficiais: uma com adaptação dos golpes Pokémon (assim não havendo mais mudanças e nem erros como o clássico Hyper Beam sendo considerado "Raio Solar"), uma com adaptação de todos os itens do mundo Pokémon e outra com a pronúncia correta dos nomes de cada cidade, personagem e Pokémon, além de ajudar em qualquer dúvida que a tradutora tivesse.

A parceria foi bastante aclamada pelos fãs. Posteriormente, a Centauro começou a requisitar os membros da PokéPlus para outros trabalhos Pokémon. Assim, o site ajudou o estúdio com as adaptações das músicas dos filmes 8 e 9 e ainda serviram de ponte entre os fãs e o estúdio: através de uma enquete, foi possível escolher o dublador do personagem Brandon, o último desafio de Ash na Batalha da Fronteira.

Recentemente, há alguns Pokémons que vêm sem vozes, por problema da Pokemon Usa, deixando para a diretora Gilmara Sanches dublá-los, incluindo Eevee de May , Bonsly De Brock e Squirtle de May.

Atualmente, o estúdio está dublando a 10ª temporada, Pokemon: Diamond & Pearl , e segue junto com a PokéPlus, que ajudou na adaptação da música de abertura, do novo lema da Equipe Rocket (o único lema em versão standard que rima), dos novos golpes e de todo o resto.

Sigma e VTI

Estes estúdios possuem uma história curiosa e que causou muita revolta aos fãs de Pokémon, pois a distribuidora, Europa Filmes, detentora dos direitos do sexto longa-metragem Pokémon, decidiu mandar o filme para ser dublado no estúdio carioca VTI. Embora isso já tenha acontecido no passado, a diferença é que a distribuidora resolveu não custear as despesas de transporte dos dubladores dos personagens principais da série, e todos receberam novas vozes (inclusive os personagens principais).

Com pouco mais de um mês antes do lançamento do lançamento do DVD no Brasil, a notícia chegou aos fãs que, extremamente irritados, mandaram diversos e-mails para a Europa Filmes reclamando — e até mesmo ameaçando um boicote. A distribuidora então mandou o filme para o estúdio paulista Sigma, para que apenas os dubladores dos personagens principais fossem redublados. O filme teve, no final, o elenco principal e original, e os personagens inéditos e exclusivos do filme foram dublados por cariocas.

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